No dia 15 de maio, os docentes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), reunidos em Assembleia Geral, decidiram - por cerca de 160 votos a favor e apenas 8 abstenções - pela deflagração da greve no dia 17 de maio. A partir dessa decisão a Ufal incorpora, então, à mobilização nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) que reivindicam dentre tantas outras melhorias, um novo reajuste no piso salarial e um novo plano de cargo e carreira dos professores do serviço público federal.
Pode-se resumir a discussão da carreira da seguinte forma:
- Reestruturação da carreira, prevista no acordo emergencial DESCUMPRIDO pelo governo, com valorização do piso e incorporação das gratificações (objetivamente isso significa: carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do DIEESE (atualmente calculado em R$ 2,329,35) e percentuais de acréscimos relativos à titulação e ao regime de trabalho.
A precarização do trabalho docente é crescente em nossa universidade. Apesar do crescimento visível das IFES em infra-estrutura, apesar da expansão ser uma conquista social; apesar dos concursos realizados nos últimos tempos, apesar das IFES estarem um canteiro de obras, o ANDES tem considerado que a expansão tem acontecido sem a estrutura que garanta a qualidade do ensino superior público brasileiro. Em muitas Unidades acadêmicas há uma sobrecarga de trabalho; democratizou-se a entrada de alunos, mas há poucos professores para atendê-los; turmas do REUNI sem professores; Turmas do REUNI sem sala de aula própria ocupando outros espaços; estrutura mínima para o professor trabalhar em muitas Unidades Acadêmicas etc.
Entendemos que a luta dos professores também é nossa, que juntos somos mais fortes e acima de tudo: a aliança entre estudantes e docentes deve ser fortalecida, pois cada um de nós precisa ser sujeito da transformação da atual conjuntura da educação pública universitária.
Nós, enquanto estudantes, precisamos nos unir a essa luta e nos mobilizar, colocando nossas pautas para serem discutidas em Assembleia Geral Estudantil e participando dos atos em direito à greve e a melhoria nas condições dos docentes. Para que, enfim, tenhamos uma educação pública, gratuita e de qualidade necessita-se que seja assegurado ao profissional da educação um plano de carreira que valorize a qualificação, condições adequadas de trabalho e um salário digno.
Assim, o Diretório Acadêmico Freitas Neto (Dafn) convoca todos/as os/as estudantes da Ufal que compareçam a Assembleia Geral Estudantil nesta quarta-feira, 16, às 17h, na tenda cultural.
Esta assembleia vem da necessidade de um posicionamento dos estudantes nesse processo de movimento grevista além de planejarmos a nossa contribuição para o mesmo. É de extrema importância a participação e mobilização de todos/as nós para acompanhar esse processo.
Por uma educação pública, gratuita e de qualidade!
Diretório Acadêmico Freitas Neto - Dafn
15 de maio de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário